Os 7 Musicais Que Vão Deixar Saudades

Quem viu pode conferir de perto o quanto foi maravilhoso os espetáculos que abordei no blog hoje! Uma parte desses espetáculos teve suas apresentações prolongadas para atingir um maior número de telespectadores para o musical. Selecionei 7 dentre os melhores em minha opinião.

Confira abaixo todos os espetáculos que já fizeram sucesso em São Paulo

1. AS BRUXAS EASTWICK - 2011

A história da trama surgiu em 1984, com romance de John Updike, foi adaptada para o cinema com Jack Nicholson no elenco, em 1987, e transformada em musical por Johm Dempsey, em Londres, no ano de 2000.

Na trama do musical, o trio de amigas formado pelas bruxas Alexandra Spoffard (Maria Clara Gueiros) Jane Smart (Sabrina Korgut), e Sukie Rougemont (Renata Ricci) divide o desejo de encontrar o homem ideal -- o que não elas esperam é que ele seja atendido tão rápido. Darryl Van Horne (Eduardo Galvão, papel de Jack Nicholson na adaptação para o cinema) é um homem sedutor e misterioso que chega a Eastwick e muda a libido da cidade, transformando-a em um caos.


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2. CATS - 2010
O enredo de Cats é baseado em 14 poemas do livro infantil Old Possum´s Book of Pratical Cats, de T.S Eliot, publicado pela primeira vez em 1939. O autor americano escreveu a obra para seus filhos, depois de observar o comportamento dos seus próprios gatos por dias.

A peça se passa durante a madrugada, em um beco, onde se reúnem os gatos da tribo Jellicle Cats. É a data mais especial do ano para eles, pois é o momento em que se encontram para celebrarem sua felinilidade e quando o sábio e benevolente líder do grupo, Old Deuteronomy (Saulo Vasconcelos), anuncia qual deles irá para um lugar especial chamado "Heavyside Layer", onde poderá renascer para uma nova "vida Jellicle". Somente um dos gatos da tribo não compartilha da mesma euforia dos demais: Grazibella (Paula Lima), que abandonou os companheiros anteriormente para explorar o mundo fora do grupo e agora é desprezada por sua escolha.


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3. CABARET - 2011
Adaptação de Miguel Falabella para espetáculo de Joe Masteroff, John Kander e Fred Ebb. Claudia Raia protagoniza o musical lançado em 1966 e levado às telas pelo diretor Bob Fosse em 1972. Ambientada em uma casa noturna de Berlim na década de 30, a peça aborda o relacionamento da prostituta Sally Bowles (interpretada por Claudia) com o escritor americano Cliff Brad Shaw (papel de Guilherme Magon). 

Em uma trama paralela, surge o caso de amor entre uma alemã (Liane Maya) e um judeu (Marcos Tumura). Belas coreografias, alguns números emocionantes e o carisma de Claudia Raia, que cria uma Sally mais irônica que depressiva e brilha de fato apenas na cena final, enchem os olhos do público. O grande destaque do elenco, no entanto, é o ator Jarbas Homem de Mello, ótimo como o Mestre de Cerimônias. Sob a direção cênica de José Possi Neto e musical de Marconi Araújo, a montagem traz 21 atores e catorze músicos. 


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4. CHICAGO- 2004
Com direção geral de Scott Faris, que recriou a versão original de Nova York, escrita pela jornalista americana Maurine Dallas Watkins (1896-1969) e coreografada e dirigida por Bob Fosse (1927-1987), a montagem brasileira foi apresentada à imprensa no Teatro Abril, onde ficará até dezembro. Após a exibição de quatro dos 21 números musicais, o elenco e a equipe falaram sobre o processo de criação do espetáculo.

Se no enredo de "Chicago" a fama é o objetivo das personagens de Danielle Winits e Adriana Garambone, presidiárias que competem por um espaço na mídia, na vida das atrizes a expectativa é outra, segundo elas.


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5. O FANTASMA DA ÓPERA

Com um orçamento de 26 milhões de reais - a maior cifra já investida nos palcos do país -, o espetáculo O Fantasma da Ópera quer ficar na história dos musicais brasileiros. Pelo menos nos números ostentosos já conseguiu - não apenas no valor da produção, como também nas inúmeras quantidades de perucas, sapatos, chapéus e figurinos utilizados. O investimento é duas vezes maior que o de Chicago e a pretensão é que mais de 600 mil pessoas o assistam até o final da temporada, que deve ser de um ano e meio.

Luxo e glamour marcam o cenário do musical que está há mais de 15 anos em cartaz em Nova Iorque. O belo figurino, o lustre "voador" de meia tonelada e o talento dos atores em cena, aliados aos efeitos especiais, captam a atenção do público durante os dois atos. Coreografias monumentais, solos líricos e números de balé compõem a magia da Ópera de Paris. É nesse cenário que um atormentado gênio da música se apaixona pela bela corista Christine e decide torná-la uma das maiores estrelas de ópera da época. O Fantasma, no entanto, se irrita quando a jovem reencontra o namorado de infância, de quem sempre gostou.


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6.  GYPSY - 2010
Baseado na autobiografia de Gypsy Rose Lee, lançada nos Estados Unidos em 1957, o espetáculo foi montado pela primeira vez na Broadway em 1959, por um time de bambas. As músicas são de Jule Styne, o texto é de Arthur Laurents, as letras, de Stephen Sondheim, e a coreografia, de Jerome Robbins - os três últimos assinam juntos "West Side story". Os três transformaram a história de uma menina sem graça que virou referência de glamour num espetáculo considerado por especialistas um dos maiores clássicos do gênero.

Acostumados a superproduções, Möeller e Botelho cortaram um dobrado com a grandiosidade de "Gypsy" e suas dezenas de figurinos, cenários e atores (os números, que impressionam, estão no box acima). Uma saga e tanto, que exigiu oito semanas de ensaios.


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7. HAIRSPRAY - 2009

Musical de John Waters escrito originalmente para o cinema e, mais tarde, adaptado para os palcos da Broadway, Hairspray chegou ao Brasil em 2009 com direção e adaptação de Miguel Falabella. Com estréia ocorrida em 26 de fevereiro de 2010 em São Paulo (o musical estreou no Rio de Janeiro em 2009), Hairspray voltou à cena mais enxuto e alinhado. Vibrante e envolvente do início ao fim, Hairspray é um dos grandes espetáculos que aporta na capital paulistana neste primeiro semestre de 2010.

Logo no início do espetáculo já é possível se animar com a história da jovem Tracy Turnblad (interpretada por Simone Gutierrez) ao interpretar “Bom Dia, Baltimore” (“Good Morning, Baltimore”). Cada cena dava à platéia a real sensação de estar participando da vida da jovem garota gorda que sonhava em ser dançarina do Corny Collins Show que, aliás, agregou um ótimo elenco em seu núcleo. O próprio apresentador Corny Collins era vibrante, o que realmente dava a boa impressão de se tratar de um programa de auditório com um bom apresentador. Alardeada pela mídia, a transformação de Edson Celulari de galã de novela para a dona de casa obesa Edna Turnblad foi realmente espantosa. O ator conseguiu dar vida à personagem, contando com trejeitos e delicados movimentos, o que não deu a impressão de vermos no palco simplesmente um homem (tra) vestido de mulher.

O musical foi regado a piadas que, hora apelativas, hora inteligentes, funcionaram muito bem, sobretudo quando eram ligadas às canções interpretadas em cena. O elenco também foi um grande show à parte. Fora dos grandes holofotes, o dito “elenco de apoio” mostrou afinação ao cantar e grande habilidade ao dançar nas mais de 2 horas de espetáculo.


E você? Teve a oportunidade de assistir algum desses musicais?

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